18 de fev. de 2010

Cinthia Jardim é movida por amor

Nascida em Cruzeiro, no interior paulista, Cinhtia Jardim já demonstrava talento e bom gosto musical desde a infância. Aos oito anos de idade a pequena se derretia com as vozes de Elis Regina e Marisa Monte. O tempo passou e a paixão pela música só fez crescer. Adolescente, a moça se mudou para São José dos Campos (SP), estudou Publicidade e se descobriu profissionalmente.

Ainda na faculdade ela fazia pequenas apresentações informais para os amigos que já reconheciam o seu talento vocal. Em 2001 Cinthia conheceu o cantor Nadiejo que a apresentou ao mercado musical joseense. Através do amigo, a moça conheceu outros músicos e bandas e se firmou de vez como uma das protagonistas da cena musical do Vale do Paraíba.

De lá para cá, ela que queria apenas encontrar músicos de qualidade com os quais pudesse tocar, formou, casou, teve filhos, lançou projetos e continua sonhando com o dia em que poderá largar tudo e viver de sua arte. Apaixonada pelo que faz, a moça avalia positivamente o desenrolar de sua carreira. “Está melhor do que eu esperava. No começo eu só queria espaço e músicos para tocar e eu já até gravei um CD. Minha carreira está crescendo na medida em que os sonhos crescem”, afirma.

E para realizar seus sonhos, Cinthia conta com o apoio incondicional do marido e também músico, Fabiano Whyte. Com ele a moça se apresenta pelos bares da cidade no melhor estilo “um banquinho e um violão”, embalando as noites dos joseenses com muita poesia. Além de ser o homem da sua vida, Fabiano é seu parceiro e grande incentivador. Cinthia sintetiza a relação com o amado: “Foi um encontro bacana, uma troca muito boa”, diz.


A cantora sabe do que está falando. Apaixonada por MPB, Cinthia conheceu o rock e o blues pelas mãos de Fabiano e isso só veio a acrescentar ao seu trabalho, ampliando o leque de opções de suas canções. Da mesma forma, ela acredita que seu gosto pela música popular contribuiu bastante para o desenvolvimento profissional de seu marido.


Essa união do trabalho com a família mostra bem a essência da cantora que, segundo suas próprias palavras, é feita de amor. “Amor pelos meus filhos – Cinthia é mãe de Pedro (6) e João (2) – pelo meu marido, pela minha família, pelos meus amigos, pela minha profissão, pela música... É tudo o que me mantém acreditando nos meus sonhos”, declara.


Cena de Mulher


Em total sintonia, os dois seguem seus caminhos juntos e também individualmente e, de cinco anos para cá, a moça tem deixado os covers um pouco de lado para se dedicar a um trabalho autoral que tenha mais a sua cara.


Foi seguindo essa proposta que Cinthia Jardim lançou seu primeiro CD em 2009. Cena de Mulher é um trabalho exclusivamente autoral produzido por Fabiano Whyte, com direção musical de Jorjão Carvalho (arranjador, baixista e compositor). O CD traz notas de pop, salsa, jazz e bolero. Nas letras, Cinthia aborda temas como o amor e a própria música, ou seja, ela fala do seu universo particular.


Para dar corpo ao projeto, Cinthia contou com nomes de peso da arena musical do Vale do Paraíba. Interpretando suas canções estão os músicos Marcelo Moreira (bateria), Fernando Pontes (piano), Clevinho Oliveira (sax e flautas), Leandro Lima (sax), Tuia Lencione (vocais), Eliane Pescara (vocais), Natássia Carvalho (vocais), Beto Richieli (guitarras), Lucas Andrade (guitarras), Freddie Fuzzi (guitarras), Kabé Pinheiro (percussão), Diminha Moreira (percussão) e Soró (percussão).



Foi em um show para mais ou menos 110 pessoas, seguindo uma estética diferenciada que Cinthia apresentou a sua Cena de Mulher para o público. Para compô-la a moça reuniu quatro diferentes talentos femininos que dividiram a cena em total harmonia. Além da música, foram contemplados o teatro, com a presença da atriz Milena Roberta; a literatura, pelas mãos da escritora Nana Freitas e as artes plásticas através do trabalho de Andressa Carvalho.


Para ela o álbum, que é uma mistura de estilos, pode ser definido como “pop, salsa, jazz e bolero”, comenta. Além disso, o trabalho explora mais o seu lado compositora. Modesta, Cinthia revela que esse é o seu favorito. “Acredito mais na minha porção compositora do que na cantora”, assume.


Futuro



Quanto aos próximos sonhos, Cinthia Jardim já sabe bem o que quer e como realizar. “Eu quero ter mais espaço para o meu trabalho autoral e ser reconhecida por isso. Cantar é o que eu mais gosto de fazer, é expressar o que tem de mais íntimo na alma”, revela. Enquanto isso não acontece, ela segue interpretando as canções de seus ídolos e só faz uma exigência: “Meu gosto musical tem que ser respeitado. Só toco o que eu gosto de tocar.”


O que pode parecer egoísmo artístico, na verdade, é um regalo para seu público já que a moça de ouvido apurado tem uma vasta bagagem cultural e um bom gosto inegável. Em seu ipod tocam os hits de Maria Rita, da novata Céu e das americanas Amy Winehouse, Ella Fitzgerald e outros representantes do jazz e do blues. Além dessas, é claro, sempre sobra espaço para as suas “musas” Elis Regina e Marisa Monte e mais recentemente, Jane Monheit tem feito a cabeça e os ouvidos de Cinthia Jardim.


Mais do que um prazer, ouvir música é, para essa cantora, uma forma de aprendizado, de enriquecimento cultural e profissional. Daí sua predileção pelas vozes femininas. “Eu foco em cantoras para aprender mais sobre os recursos e técnicas vocais que elas utilizam, mas eu gosto de outras coisas também”, garante.



E o que ela quer para sua vida? Simples, “ser feliz dentro da música e da família”, dispara.


*As fotos desta matéria fazem parte do arquivo pessoal da cantora.

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