7 de mar. de 2009

Meta postagem

A modernidade e a tecnologia facilitaram as práticas rotineiras, o acesso à informação e ampliaram a rede de comunicação, mas diluíram o instante mágico do convívio, do contato com o outro. É inegável a funcionalidade burocrática de Orkut, MSN, blogs (como esquecer deles?) como também é inegável sua inutilidade no que tange as relações interpessoais.


Ok, esses artíficos aproximam as pessoas, possibilitam encontros e re-encontros, divulgam ideias para um sem-números de pessoas, mas o homem está perdendo a chance de se aventurar no encantador universo das pequenas ilhas humanas que cruzam seus caminhos diariamente. O mundo está às avessas! E as ilhas humanas tornam-se progressivamente inóspitas, numa cadência frenética e imperceptível.

Há muito o que se refletir acerca dessa clausura solitária na qual nos instalamos antes que o turbilhão do tempo trague nossas emoções, antes que ondas gigantescas engulam essas ilhas incríveis que nos tornamos.

É preciso ter em mente que a internet tem que ser uma ferramenta a mais nas relações, nos trabalhos, e não a única. Recentemente li um livro sobre publicidade no qual um dos autores escreveu logo nos capítulos iniciais: "A verdade está nas ruas". E é mais ou menos por aí.

Reclama-se tanto da suposta falta de cultura de Juiz de Fora, mas quantos de nós sai de casa para assistir a um show ou peça local? Quantos de nós sabe o que acontece embaixo do nosso nariz? E isso serve para todas as cidades.

Digo por mim mesma que só conheci um pouco mais da minha cidade quando, por força do trabalho, fui conhecê-la de verdade. Todo lugar está repleto de musicalidade, poesia, arte, basta que tenhamos bons olhos para enxergar. E é da arte que nasce as grandes reflexões que nos mantém com o espírito alerta.

Esta não é uma crítica à tecnologia, mas ao uso que fazemos dela. Temos que reavaliar nossa postura e garantirmos nossa sobrevivência nesse tempo confuso e acelerado em que vivemos.