30 de jun. de 2009

Passado e presente

Por força de um convite para participar de um projeto de pesquisa para um doutorado em educação me vejo mergulhada em notícias da primeira década do século XXI em Juiz de Fora e qual não é a minha surpresa ao perceber que quase nada mudou de lá pra cá.

Não fosse o meu advento no mundo virtual que me permite ler o jornal local via internet eu diria que tudo continua, praticamente, como há dez anos. As notícias são basicamente as mesmas: violência, falcatruas políticas, greves, protestos, campanhas políticas e por aí vai.

Entre os personagens da política (local e nacional) também não há muitas novidades. São sempre as mesmas caras, as mesmas “figurinhas carimbadas” que há décadas comandam o País sempre se auto-definindo como a “salvação da lavoura”. Essa lavoura arcaica que não consegue se renovar, e se prende ao que já está aí por medo, comodismo ou – o que é pior – sem nem perceber que está repetindo padrões falidos.

E aí, sem aprofundar na questão, considerando o meu pouco preparo para análises mais densas, me fica uma questão: será que em dez anos o país não mudou nada? Será que não conseguimos evoluir nem um “cadinho”? Os fatos se repetem, a forma de noticiá-lo se repete...

O que acontece então? Em quem colocar a culpa? Numa época em que a informação circula à velocidade da luz, em que as novidades chegam a todo o momento e a sociedade se diz pós – moderna como é possível essa repetição?

Se os personagens insistem em ser protagonistas da mesma cena sempre, já não seria hora de substituir o elenco, escalar novos atores para dar gás a essa trama? Acredito nos cidadãos brasileiros como diretores dessa história e me assusta que pouco esteja sendo feito para alavanca o ibope dessa novela social.

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